Biografia
Rachel
de Queiroz com os amigos Adonias
Filho
(esquerda), e Gilberto
Freyre
(direita).Rachel
era filha de Daniel
de Queiroz Lima
e Clotilde
Franklin de Queiroz,
descendente pelo lado materno da família de José
de Alencar. Em
1917, após uma grande seca,
muda-se com seus pais para o Rio
de Janeiro
e logo depois para Belém
do Pará.
Retornou para Fortaleza
dois anos depois. Em
1925
concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou
na imprensa no jornal
O Ceará, escrevendo crônicas
e poemas
de caráter modernista
sob o pseudônimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de
folhetim
o primeiro romance, História
de um Nome.
Aos
vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O
Quinze
(1930),
romance
que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria.
Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise
psicológica de seus personagens, tem papel de destaque no
desenvolvimento do romance nordestino.Começa
a se interessar em política social em 1928-1929
ao ingressar no que
restava do Bloco
Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do
Partido
Comunista.
Em 1933
começa a ter dissenções com a direção e se aproxima de Lívio
Xavier
e de seu grupo em São
Paulo,
indo morar nesta cidade até 1934. Milita então com Aristides
Lobo,
Plínio
Mello,
Mário
Pedrosa,
Lívio Xavier, se filiando ao sindicato dos professores de ensino
livre, controlado naquele tempo pelos trotskistas.
Depois,
viaja para o norte em 1934, lá permanecendo até 1939. Já escritora
consagrada, muda-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada
com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As
Três Marias.
Escreveu ainda João
Miguel
(1932), Caminhos
de Pedras
(1937) e O
Galo de Ouro
(1950).Foi
presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista e exemplares de
seus romances foram queimados. Em 1964 apoiou a ditadura
militar
que se instalou no Brasil. Lançou
Dôra, Doralina em 1975, e depois Memorial
de Maria Moura
(1992), saga de uma cangaceira
nordestina adaptada para a televisão
em 1994 numa minissérie
apresentada pela Rede
Globo.
Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil,
foi apresentada em Angola,
Bolívia,
Canadá,
Guatemala,
Indonésia,
Nicarágua,
Panamá,
Peru,
Porto
Rico,
Portugal,
República
Dominicana,
Uruguai
e Venezuela,
sendo lançada em DVD
em 2004.Publicou
um volume de memórias
em 1998. Transforma a sua "Fazenda
Não Me Deixes",
propriedade localizada em Quixadá,
estado do Ceará,
em reserva
particular do patrimônio natural.
Morreu em 4
de novembro
de 2003,
vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de
Janeiro, dias antes de completar 93 anos.
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