segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fim do 2º bimestre.

Nesse 2° bimestre estudamos as escolas literárias: Simbolismo, Pré-Modernismo e Modernismo. Com os escritores: Camilo Pessanha, Cruz e Sousa, Alphonsus de Guimaraens, Euclides da Cunha, Graça Aranha, Augusto dos Anjos, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Fernando Pessoa e seus heterônimos, Alberto Caeiro e Álvaro de Campos. Também, as Vanguardas Européias (Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Futurismo).

Textos de Escolas Literárias.


- simbolismo
Vida
Choveu! E logo da terra humosa Irrompe o campo das liliáceas. Foi bem fecunda, a estação pluviosa! Que vigor no campo das liliáceas! Calquem. Recal-quem, não o afogam. Deixem. Não calquem. Que tudo invadam. Não as extinguem. Porque as degradam? Para que as calcam? Não as afogam. Olhem o fogo que anda na serra. É a queimada... Que lumaréu! Podem calcá-lo, deitar-lhe terra, Que não apagam o lumaréu. Deixem! Não calquem! Deixem arder. Se aqui o pisam, reben-ta além. - E se arde tudo? - Isso que tem? Deitam-lhe fogo, é para arder...
Camilo Pessanha

http://pensador.uol.com.br/camilo_pessanha/


Hão de chorar por ela os cinamomos
Hão de chorar por ela os cinamomos,
Murchando as flores ao tombar do dia.
Dos laranjais hão de cair os pomos,
Lembrando-se daquela que os colhia.

As estrelas dirão — "Ai! nada somos,
Pois ela se morreu silente e fria.. . "
E pondo os olhos nela como pomos,
Hão de chorar a irmã que lhes sorria.

A lua, que lhe foi mãe carinhosa,
Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la
Entre lírios e pétalas de rosa.

Os meus sonhos de amor serão defuntos...
E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,
Pensando em mim: — "Por que não vieram juntos?"
Alphonsus de Guimaraens

http://pensador.uol.com.br/busca.php?q=Alphonsus+de+Guimaraens -pre-modernismo

Lima Barreto
Não as matem
Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida, é um sintoma da revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração dos homens: o domínio, quand même, sobre a mulher.
O caso não é único. Não há muito tempo, em dias de carnaval, um rapaz atirou sobre a ex-noiva, lá pelas bandas do Estácio, matando-se em seguida. A moça com a bala na espinha veio a morrer, dias após, entre sofrimentos atrozes.
Um outro, também, pelo carnaval, ali pelas bandas do ex-futuro Hotel Monumental, que substituiu com montões de pedras o vetusto Convento da Ajuda, alvejou a sua ex-noiva e matou-a.
Todos esses senhores parece que não sabem o que é a vontade dos outros.
Eles se julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu desejo a quem não os quer Não sei se se julgam muito diferentes dos ladrões à mão armada; mas o certo é que estes não nos arrebatam senão o dinheiro, enquanto esses tais noivos assassinos querem tudo que é de mais sagrado em outro ente, de pistola na mão. O ladrão ainda nos deixa com vida, se lhe passamos o dinheiro; os tais passionais, porém, nem estabelecem a alternativa: a bolsa ou a vida. Eles, não; matam logo.
Nós já tínhamos os maridos que matavam as esposas adúlteras; agora temos os noivos que matam as ex-noivas
De resto, semelhantes cidadãos são idiotas. É de supor que, quem quer casar, deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a máxima liberdade, com a melhor boa vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor até, com ânsia e grandes desejos; como e então que se castigam as moças que confessam não sentir mais pelos namorados amor ou coisa equivalente?
Todas as considerações que se possam fazer, tendentes a convencer os homens de que eles não têm sobre as mulheres domínio outro que não aquele que venha da afeição, não devem ser desprezadas.
Esse obsoleto domínio à valentona, do homem sobre a mulher, é coisa tão horrorosa, que enche de indignação. O esquecimento de que elas são, como todos nós, sujeitas, a influências várias que fazem flutuar as suas inclinações, as suas amizades, os seus gostos, os seus amores, é coisa tão estúpida, que, só entre selvagens deve ter existido Todos os experimentadores e observadores dos fatos morais têm mostrado a inanidade de generalizar a eternidade do amor Pode existir, existe, mas, excepcionalmente; e exigi-la nas leis ou a cano de revólver, é um absurdo tão grande como querer impedir que o sol varie a hora do seu nascimento.
Deixem as mulheres amar à vontade.
Não as matem, pelo amor de Deus!

http://www.escrevendo.cenpec.org.br/ecf/index.php?option=com_content&view=article&id=956&catid=138:textos-literarios&Itemid=757

– A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais [...] A vida das gentes neste mundo, senhor Sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, e por fim pisca pela última vez e morre. – E depois que morre?, perguntou o Visconde. – Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"
Monteiro Lobato


http://pensador.uol.com.br/monteiro_lobato/

“tendo a literatura até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo ginástico, o salto mortal, a bofetada e o soco.
Nós declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida (...) é mais belo que a Vitória de Samotrácia (...)
Nós queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo -, o
militarismo, o patriotismo, o gesto destrutor dos anarquistas, as belas
idéias que matam, e o menosprezo à mulher.
Nós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o
moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias”.
*Vitória de Samotrácia é o nome de uma famosa escultura grega
que se encontra no Louvre, em Paris, considerada uma das obras de arte mais perfeita de todos os tempos..
 “Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu
poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam
esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do
saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade
graciosa, ainda que incompreendido do público”.
Tristan Tzara
Os escritores surrealistas, influenciados pelos estudos de Freud, mostraram grande interesse pelo inconsciente humano e pelo sonho, considerado a expressão máxima da liberdade humana. Através do sonho o homem estava livre de toda crítica, de toda censura e principalmente da lógica.
Veja um texto surrealista:
As realidades
(fábula)
‘’Era uma vez uma realidade
com suas ovelhas de lã real
a filha do rei passou por ali
E as ovelhas baliam que linda que está
a re a re a realidade.
Na noite era uma vez
uma realidade que sofria de insônia
Então chegava a madrinha fada
e realmente levava-a pela mão
a re a re a realidade.
No trono havia uma vez
um velho rei que se aborrecia
e pela noite perdia o seu manto
e por rainha puseram-lhe ao lado
a re a re a realidade.’’
Louis Aragon O principal representante do Futurismo foi o escritor italiano
Marinetti, que, na literatura, pregava a destruição da sintaxe, o
menosprezo pela pontuação. Para esse autor tudo deveria ser novo e rápido, seu desejo era a exaltação da vida moderna e o rompimento total com o passado.
O Futurismo apresentou vários manifestos. Veja um fragmento do
mais conhecido, escrito por Marinetti:
“Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à
eternidade.’’
Os elementos essenciais de nossa poesia serão a coragem, a
audácia e a revolta.

FONTE: http://pt.scribd.com/doc/3373956/Literatura-Aula-20-Vanguarda-europeia - Modernismo \ Fernando pessoa

MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
                                         Fernando Pessoa

O Amor

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..
Fernando Pessoa

Dever de Sonhar

Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.
Fernando Pessoa

fontes: http://pensador.uol.com.br/textos_de_fernando_pessoa/

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Videos 5


Fernando Pessoa, Ele Mesmo



 Alvaro de Campos, Cruzou por mim, veio ter comigo numa rua da baixa



André Breton, Surrealismo Vanguardas



Mário de Andrade Modernismo, O Domador



Camilo Pessanha, Simbolismo Interrogação



Euclides da Cunha, Pré-Modernismo Os Sertões

Videos 6


Créditos a Flavia B Gutt (UglyKidProductions)



Créditos a Andre Luis (andrezamcpa)



Créditos a metall83

Exercícios 2

Pré- Modernismo


1. A expressão pré-modernismo trás implícita uma significação peculiar, uma vez que o termo “pré” remete a uma situação de anterioridade, dentro do contexto abrangente e múltiplo de sentidos: modernismo, em lato sensu, refere-se á evolução, ao progresso e em stricto sensu, especificamente a um gênero literário que apresenta características próprias e inerentes. Dessa maneira, pode se dizer que, ao usar a expressão:

a) pretende-se ensejar uma definição vaga do movimento que despontava.
b) havia a certeza de que o movimento não teria repercussão.
c) procurava-se refletir as contradições de uma realidade em que varias correntes de pensamento se distinguiam e, ao mesmo tempo se complementavam.
d) rotulou-se um estilo literário e único, reflexo da situação estável que ora existia.
e) tematizou-se o sentimento como a única fonte de inspiração de seus integrantes.


2.Dentre os fatos históricos relacionados a seguir, assinale aquele que não ocorreu no período  que compreende o pré-modernismo brasileiro.
a) Revolta da Chibatada.
b) revolta contra a vacina obrigatória.
c) revolução de canudos.
d) greves operárias em São Paulo.
e) revolução constitucionalista.

3. A literatura do Pré-Modernismo brasileiro nas obras de Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, caracteriza-se pela.
a) descrição e romantização da sociedade rural.
b) interpretação e polêmica voltadas para a problemática social.
c) análise e idealização da sociedade urbana.
d) restauração e mitificação da temática histórica.
e) reconstrução e fabulação da sociedade indígena.

4. Uma atitude comum caracterizada a postura literária de autores pré-modernistas, a exemplo de Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Euclides da Cunha. Pode ela ser definida como.
a) a necessidade de superar, em termos de um programa definido, as estéticas românticas e realistas.
b) a pretensão de dar caráter definitivamente brasileiro a nossa literatura que julgavam demais europeizada.
c) uma preocupação com o estudo e a observação da realidade brasileira.
d) a necessidade de fazer crítica social, já que o Realismo havia sido ineficaz nessa matéria.
e) o aproveitamento estético do que havia melhor na herança literária brasileira, desde suas primeiras manifestações.

5. Nas duas primeiras décadas de nosso século, as obras de Euclides da Cunha e Lima Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento comum:
a) a intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante.
b) a adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão.
c) a expressão de aspectos até então negligenciados a realidade brasileira.
d) a prática de um experimentalismo lingüístico radical.
e) o estilo conservador do antigo regionalismo romântico.

6. Os sertões, obra prima de Euclides da Cunha, foi desenvolvido em 3 partes distintas. Assinale, a esse respeito, a alternativa que mostra a ordem em que essas partes aparecem no livro.
a) A terra- A lua- O homem
b) A luta- A terra- O homem
c) O homem- A terra- A luta
d) A luta- O homem- A terra
e) A terra- O homem- A luta

7. Obra pré-modernista, eivada de informações históricas e cientificas, primeira interpretação da realidade brasileira, que, buscando compreender o meio áspero em que vivia o jagunço nordestino, denunciava uma campanha militar que investia contra o fanatismo religioso advindo da miséria e do abandono do homem do sertão. Trata-se de:
a) O Sertanejo, de José de Alencar.
b) Pelo Sertão, de Afonso Arinos.
c) Os Sertões, de Euclides da Cunha.
d) Grande Sertão: veredas, de Guimarães Rosa.
e) Sertão, de Coelho Neto.

8. Não acredito que a fusão com espécies radicalmente incapazes resulte uma nação sobre a qual se possa desenvolver a civilização (...) Será sempre uma cultura inferior, civilização de mulatos, eternos escravos em revoltas e quedas.

Esse fragmento retrata a fala de Lentz, personagem do romance que veio da Alemanha para se estabelecer no Brasil. Por meio dela, podemos perceber que se trata de uma .
a)      otimista, que revela grande confiança no futuro.
b)      alegre, pois suas palavras refletem o pensamento de uma mente jovem e sonhadora.
c)      solidária, buscando na harmonia a solidificação de um futuro de paz.
d)      indiferente, pois não se mostrava preocupado com as mazelas da sociedade.
  
9. Quando à noite, o infinito se levanta
       À luz do luar, pelos caminhos quedos
       Minha tátil intensidade é tanta
      Que eu sinto a alma dos Cosmos meus

Nessa estrofe, o uso acentuado da sinestesia evidencia a influência da escola:
a)      simbolista
b)      parnasiana
c)      naturalista
d)      romântica
e)      arcádica

10. Entre os títulos a seguir, assinale aquele que não faz parte da obra de Lima Barreto.
a) Recordações do escrivão Isaías Caminhas
b) Um certo capitão Rodrigo
c) Triste fim de Policarpo Quaresma
d) Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá
e) Clara dos Anjos

1-D 2-E 3-B 4-C 5-C 6-E 7-C 8-D 9-A 10-B

Exercícios


Modernismo:
362.  De acordo com a trajetória das escolas literárias, pode-se dizer do Modernismo:
I.                 Foi um estilo que mudou radicalmente o cenário da literatura nacional.
II.            O seu estilo deu prosseguimento à evolução literária que até então ocorria.
III.        Foi uma escola transitória, cujas obras literárias mostraram conteúdos efêmeros.
a)  Apenas a afirmação I está correta.
b)  Apenas a afirmação II está correta.
c)   Apenas a afirmação III está correta.
d)  Todas as afirmações estão corretas.
e)  Todas as afirmações estão incorretas.


369.  Todas as atitudes a seguir estão engajadas na chamada pré- história do Modernismo, período compreendido entre os anos de 1902 a 1922, exceto.
a)  Desenvolver uma arte de temática universal, mas de conotação social.
b)  Utilização da vontade de ruptura cultural das vanguardas européias.
c)  Reconhecimento objetivo da realidade nacional, na sequência de atitudes de pré-modernistas.
d)  Enriquecer decisivamente nossa consciência artístico-cultural.
e)  Aproveitamento da informação contida nos movimentos das vanguardas européias, mas não adotá-las como referencial cultural.

 370. O modernismo brasileiro preocupava-se em criar uma arte essencialmente brasileira. Entretanto, alguns dos primeiros escritores desse movimento estético, no Brasil, sofreram influencias:
a)  Do Futurismo.
b)  Do Concretismo.
c)   Do hiper-Realismo
d)  Do Dadaísmo.
e)  Do Surrealismo.

374. Não foi despropositadamente que a Semana da Arte Moderna foi realizada no mesmo ano que se comemorava o centenário da independência brasileira. Nesse sentido, fazem-se as seguintes afirmações:

     I   Ambos os movimentos visavam remodelar o cenário nacional, dando-lhe uma nova configuração.
II   A reforma pretendida pelos dois movimentos objetivava restaurar a política colonial no país.
IV.          A independência, grosso modo, confirmou tendências políticas ao estabelecer a república; a Semana pretendeu uma ruptura literária, em seu sentido lato.
A esse respeito, assinale a alternativa correta.
a)  As proposições I, II, III estão corretas.
b)  As proposições II e III estão corretas.
c)   As proposições I e III estão corretas.
d)  As proposições I, II e III estão incorretas.
e)  Apenas a proposição I está correta.


375.  Como todo movimento radical, a Semana de Arte Moderna provocou impactos, exatamente como pretendiam seus idealizadores.
Como o público reagiu a esses impactos ¿

a)  Aceitou plenamente a sugestão de uma mudança radical nas artes.
b)  Manteve-se neutro, não se manifestando a respeito de sua realização.
c)   Apreciou a sugestão de mudança na literatura, mas não a aprovou na pintura.
d)  Mostrou-se indignado com as mudanças sugeridas e com a apresentação dos artistas.
e)  Embora entendesse o motivo das mudanças, não concordava com a forma sugerida.


383 Indique o único autor modernista não participante da Semana de Arte Moderna.
a) Oswaldo de Andrade
b) Mário de Andrade
c) Di Cavalcante
d) Monteiro Lobato
e) Heitor Villa- Lobos


385 Alem da ruptura gramatical, o Modernismo da primeira geração também pregava a ruptura com a literatura formal, principalmente na poesia. Assim, nesse contexto:
a)  os versos poderiam ser elaborados sob inspiração poética, mas deveriam apresentar rimas.
b)  abolia-se a rima, mas a metrificação silábica era imprescindível à poesia.
c)  a poesia podia ser desenvolvida de forma livre, isenta de formalidades e normas poéticas.
d)  os versos deveriam ser dodecassílabos para que a cadência poética fosse evidenciada.
e)  recomendava-se o emprego de redondilhas maiores ou menores, para que o texto ganhasse leveza e agilidade.


394.  A poesia modernista revela:
a)  Nacionalismo crítico.
b)  Valorização do popular.
c)   Versos livres.
d)  Estão corretas as afirmações a e c.
e)  Estão corretas as afirmações a, b e c.


386.  A época da Primeira Geração Moderna foi repleta de descobertas, as quais eram feitas em ritmo acelerado. Um novo panorama era aberto aos olhos estáticos da população, que assistia perplexa, a essa metamorfose de hábitos, costumes e comportamentos.

     Entre os elementos a seguir, assinale o evento que não se sucedeu nesse contexto.
a)  A implementação da máquina e seu constante desenvolvimento
b)  O uso acentuado da eletricidade
c)   A fabricação seriada de automóveis
d)  O impacto da invenção do avião
e)  A agilidade da informação com a invenção do telégrafo


402.  Mário de Andrade desenvolveu diversas habilidades. Foi professor de música, colaborador de várias revistas e jornais, poeta, romancista, crítico literário, crítico musical, ensaísta de arte, folclore, literatura e música, o que lhe permitia discutir vários temas com propriedade. Além disso, desenvolveu seu espírito democrático com sua “Declaração de Princípios”, estabelecendo seu posicionamento político em relação às questões político-sociais do Brasil.
    Sobre a participação do autor na Semana de Arte Moderna, assinale a alternativa correta.
a)  Manteve-se alheio à realização da Semana de Arte Moderna por julgar o movimento inócuo no meio social brasileiro.
b)  Apoiou a participação de literatos brasileiros, incentivando-os, porém absteve-se das polêmicas e discussões a esse respeito.
c)   Foi um dos seus membros e despontou como uma das presenças fundamentais para a realização do evento.
d)  Não se envolveu, preferindo solidarizar-se com Monteiro Lobato, depreciador dessa nova estética.
e)  Embora julgasse imprescindível estampar essa nova tendência artística, optou por manter os ditames do estilo parnasiano.

403.  Assinale o nome da obra de Mário de Andrade que representava uma sátira jocosa de um famoso romance escrito no século XIX.

a)  Macunaíma
b)  Losango cáqui
c)   Paulicéia desvairada
d)  O empalhador de passarinhos
e)  A escrava que não é Isaura



409.  (UEL-PR) Diz Mário de Andrade:
       Geralmente os poetas modernistas escrevem poemas curtos.
     Isso se deve ao fato de que o poema curto, para os modernistas, é:
a)  decorrente da depressão que domina o poeta moderno, por força das realidades hostis que vive e que lhe roubam a faculdade de expressão.
b)  conseqüência de uma época caótica, fragmentária, sobre cujo estado de coisas nada há para ser feito.
c)   Originária da confessada falta de inspiração e mesmo da má vontade dos modernistas da primeira geração em face da poesia.
d)  Uma forma deliberada de ironizar os longos textos poéticos, que se tornaram moda literária a partir do Romantismo.
e)  Resultado inevitável da época: decorrente da própria velocidade da vida moderna.


 Gabarito:

362) A ; 369) A ; 370) A ; 374) E ; 375) D ; 383) D ; 385) C ; 386) E ; 394) E ; 402) C ; 403) E ; 409) E

Resolva:


Perguntas referente ao Simbolismo!

1-Das características apresentadas a seguir, marque o conjunto que diz respeito à poesia simbolista.
a) Saudosismo, medo de amar e tédio.
b)Tematização da pátria,do amor sensual e da natureza.
c)Termos científicos e relevo de situações grotescas.
d)Subjetivismo,sugestividade e espiritualidade.
e)Nacionalismo,sátira e fragmentação.

2-Assinale, entre as características a seguir,aquela que não está relacionada ao Simbolismo.
a)Racionalismo absoluto
b)Uso freqüente de aliterações e assonâncias
c)Impressões sensoriais apuradas
d)Exploração do real de forma etérea
e)Paisagens vagas,incertas,imprecisas

3-Assinale com V ou F as características que fazem parte do Simbolismo.
(  )Confirmação do positivismo e do cientificismo.
(  )Presença do espiritualismo e do misticismo.
(  )Linguagem definida,com ideias concretas.
(  )Emprego frequente de substantivos comuns com iniciais maiúsculas.
(  )Preocupação com a musicalidade dos versos.

4-Soneto

Imagens que passais pela retina
Dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...

Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
-Porque ides sem mim, não me levais?

Sem vós o que são os meus olhos abertos?
-O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...

Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
-Estranha sombra em movimentos vãos.
                                                  Camilo Pessanha

Pode-se perceber,no soneto de Camilo Pessanha:
a)uma realidade palpável , materializada em movimentos concretos.
b)a sua criação poética como fruto de experiências vividas.
c)um questionamento sobre a vida,realizado de forma metafórica.
d)uma lógica baseada nas premissas levantadas pelo poeta.
e)a presença exacerbada de antíteses,para traduzir o conflito de seu eu interior.



5. Ismália
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...(...)
                           Alphonsus de Guimaraes

Com relação ao poema,assinale a alternativa correta.
a)O autor mostra a presença da loucura e da morte, em tom dramático,de horror.
b)A morte e a loucura representam a evasão dos problemas da personagem.
c)Existe preocupação com a forma,evidenciada pela presença de redondilhas no poema.
d)O tema da poesia é mostrado de forma definida e objetiva.
e)O autor faz uso de linguagem despreocupada,gramaticalmente.

6-As poesias de Cruz e Sousa podem ser classificadas, predominantemente, como:
a)dissertativas.
b)objetivas.
c)impessoais.
d)sugestivas.
e)ufanistas.

7-(Mackenzie-SP) Leia as afirmações abaixo:
I - Misticismo, amor e morte caracterizam a obra de Alphonsus de Guimaraens.
II - A poesia de Cruz e Sousa apresenta aspectos ligados ao subjetivismo e angústia pessoal, evoluindo para posições mais universalizantes.
III - O Simbolismo nega o cientificismo, valorizando as manifestações metafísicas e espirituais.

Assinale:
a) se apenas I e III estiverem corretas.
b) se apenas I estiver correta.
c) se todas estiverem corretas.
d) se todas estiverem incorretas.
e) se apenas III estiver correta.

8-A crítica constata,nas metáforas simbolistas de Cruz e Sousa,a obsessão pela cor:
a)branca.                       d)roxa.
b) negra.                        e)azul.
c)rubra.

Gabarito:
1-D  2-A  3-F,V,F,V,V  4-C  5-C  6-D  7-C  8-A